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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Vinhos


O vinho é uma bebida apreciada desde antes do nascimento de Cristo por várias civilizações antigas. Sempre esteve presente, sendo indispensável em grandes banquetes, ocasiões festivas, caracterizando as festas e as relações de boa convivência. Assim como nos povos mesopotâmicos, os anais egípcios falam do "vinho que corria como água nos lugares" em Oullaza, e as tábuas de Alalakn e de Ugarit sugerindo que, no II milênio, a vinicultura já era muito desenvolvida. Mas esta bebida não se destinava apenas às mesas da corte. O consumo do vinho faz parte de uma tradição muito antiga. Sabe-se da existência de uma organização religiosa, chamada marzeab - de cuja presença há sinais também no Oriente Púnico - onde membros rendiam cultos a certas divindades e aos mortos por meio de rituais em que o vinho tinha lugar de destaque.
A alta Idade Média européia é marcada pelo triunfo do vinho. O consumo do vinho estendeu-se pela Europa Cristã, sendo tão apreciada em ocasiões especiais e refinadas quanto presente diariamente na mesa dos europeus. Tratava-se de uma bebida comum e ao mesmo tempo luxuosa, acessível a todas as classes sociais, variando no preço em função de sua qualidade. Nas regiões setentrionais, no entanto, era reservado às elites.
Atualmente, o apreço pelos vinhos continua e a variedade é muito grande. Os vinhos são diferenciados pelo tipo de uva utilizada para o seu feitio, pela técnica e os processos aos quais são submetidos para sua obtenção.
Entre os tantos fatores que contribuem para a qualidade e diferenciação do vinho, destaca-se a grande diversidade de solos: calcários, argilosos, vulcânicos, e muitos outros.
As técnicas de vinificação mesclam o que há de melhor na tradição com a inovação e a utilização de modernos equipamentos.

QUALIDADE DOS VINHOS
Conforme o tipo, o vinho é utilizado para ser servido com preparações específicas. Exemplo: vinhos para sobremesa, vinhos para serem deliciados com pratos de massas, entre outros. Além disso, a coloração também varia, existindo o vinho branco, branco leve, branco envelhecido, tinto, tinto leve, tinto jovem, tinto encorpado, jerez.
Dependendo da doçura, os vinhos são classificados da seguinte maneira:
Classe de doçura Valores extremos de massa volúmica a 20 °C: ºBaumé Açúcares(g/l)
Extra-seco < 0,9980 g/cm3 0,0 <40
Seco de 0,9980 g/cm3 a 1,0079 g/cm3 0,0 - 1,3 40 - 65
Meio-seco de 1,0080 g/cm3 a 1,0179 g/cm3 1,4 - 2,7 65 - 90
Doce de 1,0180 g/cm3 a 1,0339 g/cm3 2,8 - 5,0 90 - 130
Muito doce > 1,0340 g/cm3 >5,0 >130

A doçura é acentuada pelo calor e amenizada pelo frio. Para os cartesianos, segue uma sugestão de temperaturas:
6 a 8 graus: espumantes e vinhos brancos doces.
8 a 10 graus: branco suaves, alguns brancos secos e espumantes rose.
10 a 12 graus: brancos extra secos e vinhos rosados.
12 a 14 graus: grandes brancos e tintos leves
14 a 16 graus: tintos de pouco ou médio corpo.
16 a 18 graus: tintos envelhecidos, tintos mais macios.
18 graus: grandes tintos como Bordeaux e tintos ricos em tanino como os australianos, os portugueses e os espanhóis em geral.
Nada influencia mais na apreciação de um vinho quanto a sua temperatura. O vinho é uma bebida delicada e cheia de nuances. Cada vinho tem sua temperatura ideal, sendo que nenhum deles deve ser servido a mais de 20 graus.
Características básicas dos vinhos de acordo com diversos fatores:
Corpo: o sentido do olfato é suscetível só aos vapores e os vinhos mais encorpados têm um peso molecular maior que os vinhos leves. É uma das razões pelas quais se degustam os tintos a uma temperatura mais alta que os brancos.
Casta: algumas castas produzem vinhos mais voláteis que outras. Pinot Noir, por exemplo, é mais volátil que a Carbenet Sauvignon, motivo pelo qual os Borgonhas são geralmente servidos mais frescos que os Bordeaux.
Tanicidade: tanino é um elemento contido só nos tintos e que dá a impressão de travar a boca. Quanto mais baixa a temperatura, mais evidente ele fica, tornando-se desagradável se o tinto estiver gelado.
Aroma ou perfume: quanto mais elevada a temperatura, maior a evaporação e, conseqüentemente, o perfume é acentuado. Esta acentuação deve ser dosada, pois em muitos brancos, o perfume já é, por si só, intenso. Temperaturas elevadas conduzem a uma perda de elegância e do frescor do vinho, tornando o vinho fugaz. No sentido oposto, temperaturas excessivamente baixas simplesmente escondem qualquer perfume que o vinho possa ter.
DEGUSTAÇÃO
A degustação é basicamente um exame sensorial, uma avaliação da qualidade do vinho por meio dos órgãos do sentido ( visão, olfato, paladar e tato). O paladar e o olfato são dois sentidos químicos, ou seja, quimiorreceptores e localizam-se principalmente sobre a língua. Para cada gosto (doce, amargo, salgado e ácido), existe um receptor distinto.
Na língua, as papilas gustativas posicionadas na lateral posterior revelam a sensação de ácido, lateral anterior de amargo, na ponta doce e no fundo salgada, são as responsáveis pela avaliação gustativa do vinho.
Existem dois tipos de degustação: a técnica e a hedonística (amadora). Em quase toda degustação há um orientador e um tema, que pode ser uma região ou uma variedade de uva.
A degustação é realizada em três tempos. No exame visual, o degustador avalia a cor, a limpidez, a intensidade e as nuances da coloração do vinho. Em seguida, o exame olfativo que demonstra os componentes aromáticos, e para finalizar, o degustador ingere um gole do vinho e delicia os seus sabores.
VINHO X NUTRIÇÃO
A composição nutricional varia de acordo com o tipo de vinho, assim como a região onde a uva foi cultivada. Segundo Marcelo Copello, professor e crítico de vinhos e membro da ABS-RJ e da AIS (Associações Brasileira e Italiana de sommeliers), nunca se sabe com exatidão a quantidade de componentes existentes dentro de uma garrafa de vinho, sendo possível encontrar uma variação de 200 a 500 componentes, desta forma, cada tipo de vinho tem a sua especificidade.
No entanto, tem-se por média, os seguintes valores nutricionais:
Tipo de vinho Calorias (kcal)Em 100 g Carboidrato (g) em 100g Proteína (g)Em 100 g Lipídeo (g)Em 100 g
Vinho branco 66,4 0,61 0,10 0,00
Vinho rose 71,00 1,40 0,20 0,00
Vinho tinto 72,00 1,70 0,20 0,00
Pode-se observar que os vinhos não possuem lipídeos, ou seja gordura, mas possuem alto valor calórico, chamado de calorias vazias, pois não contêm nutrientes, apenas pequenas quantidades de carboidratos e proteínas.
Alguns estudos discutem os benefícios da ingestão do vinho para o organismo, como por exemplo, na prevenção de doenças cardíacas. Isto deve-se ao fato de que ingerir esta bebida em pequenas doses, dificulta a adesão de placas de gordura nas paredes das artérias, acarretando em um menor índice de infarto. O vinho ainda possui os flavonóides na sua composição, substância que aumenta a concentração do bom colesterol (HDL).
Se a pessoa for hipertensa ou tiver diabetes, esses benefícios não existem e o álcool terá um efeito totalmente maléfico. O consumo acima de 30 gramas de álcool por dia também causa efeito inverso e pode provocar miocardiopatia alcoólica (dilatação do coração), desta forma, aprecie seu vinho bebendo com moderação!

Elaborado pela equipe RGNutri:
Saiba mais sobre vinhos e outros prazeres da mesa no site www.taste.com.br

Referências bibliográficas:
Flandrin JL, Montanari M. História da Alimentação.São Paulo: Estação Liberdade, 1998
Philippi ST. Tabela de Composição dos Alimentos: Suporte para decisão Nutricional. Brasília, 2001

Sites:
www.mardevinho.com.br
www.academiadovinho.com.br
www.cardiol.br
Revistas:
Revista Gula, número 105
Revista Gula , número 87
Revista Delícias da Cozinha, número 30
Fonte: http://www.rgnutri.com.br/sqv/curiosidades/vinhos.php

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